Todos esperavamos um sucessor nos mesmos moldes de seu antecessor, mas sofremos uma grande desilusão
Normalmente temos os lançamentos adiados para corrigirem alguns erros e refinar o jogo, mas o que acontece se um jogo é lançado as pressas? A resposta está em True Crime: New York City. A excelência de certos aspéctos são cobertos totalmente pelo restante medíocre.
Após o lançamento de GTA houveram inúmeros clones. Mas True Crime foi o melhor em quesitos de qualidade e inovação, modificando o papel de criminoso para um policial. Todo o sucesso que o primeiro título obteve, a sequência era garantida. Porém não veio com a mesma qualidade.
No jogo somos Marcus Reed, um ex-criminoso que após ser salvo por um amigo policial, decide ingressar na força anti criminosos também. Há um tutorial que é o exame para sermos detetive, para acostumar com a jogabilidade do jogo basicamente. Após isso vemos uma animação onde o companheiro de Marcus é assassinado e com isso inicia-se uma investigação para descobrir quem está por trás da morte de seu parceiro.
No jogo o sistema é extremamente linear para atingirmos os objetivos. Procurar pistas, segui-las, destruir alguma operação e assim falarmos com o líder da quadrilha para obtermos mais informação.
Caso comecem a enjoar de seguir a história linear, há inúmeras missões paralelas que surgem pelo rádio policial. Seja dar cobertura para alguns policiais em um assalto, impedir delinquentes destruam lojas de bebidas, prender cafetão. Mas as missões se acabam tornando-se muito repetitivas e as interessantes são uma extrema minoria.
Obviamente para andar em New York é necessário um veículo e nesse ponto que o jogo realmente peca. Podemos pegar algum carro na rua ou na delegacia. Na rua basta mostrarmos o distintivo que teremos qualquer veículo a disposição.
Até esse ponto tudo bem, mas quando controlamos os carros, para não dizer horrível, é surreal. A física não existe, já que podemos bater na traseira de qualquer carro e fazer ele voar. Isso seja com um carro normal, um pequeno ou uma grande ambulância.
Mas não é só isso, temos a cidade inteira de NewYork para explorar. Basicamente são retas constantes com poucas variações. Dependendo do veículo podemos ficar direto quase cinco minutos, até que vem algum carro na contramão. Extremamente monótono.
Outra coisa interessante é que se estivermos com um carro rápido, o jogo não cosnegue carregar as áreas que passamos, que aparentemente são lotes vazios. Podemos passar por cima dos lotes, mas rezem para que não seja carregada a área, pois então ficamos presos tendo que resetar o jogo.
Outra coisa bizarra é que 80% dos carros que passam por nós são da polícia. Se há tantos policiais nas ruas, deveriam haver menos crimes ou ajudar como reforço em algumas missões. Mas não fazem nada, no máximo quando há um tiroteio se envolvem, e se não mostrarmos nosso distintivo, morremos primeiro que os criminosos.
Há um incremento ainda na parte da condução. Há eventos de corridas de ruas com carros modificados, onde ganhamos dinheiro e reputação, até podermos prender o líder dos corredores. Mas é horrível devido a jogabilidade péssima dentro do carro.
Para nossa sorte, há muitos metrôs, sendo melhor ir com eles do que ir de carro. Pelo menos assim vemos por total as zonas carregadas com seus gráficos ótimos.
Sim, os gráficos do jogo são muito bons, quando podemos vê-los. Bairros diferenciados, vários cartazes e luminosos, vários detalhes. Mas peca nos modelos de personagens, que tirando os principais, se repetem muito.
Mas o jogo é um tanto lerdo, dando a impressão que estamos andando dentro de água. Fora isso as animações são um tanto sem sincronização, o audio normalmente está mais adiante que as animações.
Em pequenos detalhes o jogo agrada muito. As vozes dos personagens são ótimas, lembrando muito filmes de ação, assim como as animações faciais dos personagens importantes. Os rostos são reproduzidos fielmente lembrando alguns atores reais.
O sistema de combate está bem polido também, com vários movimentos e golpes também. Alguns exemplos são, disparar enquanto pulamos ou atrás de uma parede, ou neutralizar o oponente usando golpes sem armas. Há vários estilos de lutas que podemos aprender e usar, fora que há diferenças entre os estilos, um vai ser melhor que outro mas pior que outro, deixando assim bem equilibrado.
A mira automática também ajuda muito, principalmente quando o alvo está longe. Mas quem quiser pode utlizar a mira manual mesmo, a qual podemos mirar nos braços ou pernas para neutralizar os criminosos.
Com isso, há um sistema muito simples de bom ou mau policial. Caso matemos mais que prendemos iremos nos tornal um mau policial, que é rebaixado. Se prendemos mais, somos promovidos. Bem simples no qual a idéia é muito boa se fosse melhor utilizada.
Quem gostou do jogo anterior, irá se arrepender com este sucessor. O jogo apresenta muitos erros que impedem que os pequenos detalhes ótimos do jogo divirtam.

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